Tapas nas Costas

Hoje o Amar Viajar e Petiscar, convida-vos a embarcar num passeio gastronómico único e a descobrir aquilo que é um bom exemplo num mundo das tapas.
O fim de tarde de Outono convidava a um “copo” e tudo se encaixou na perfeição. A esplanada estava cheia com rostos ávidos de descontração depois de um longo dia de trabalho.
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Fomos recebidas pela Catarina, sócia-gerente do Tapas nas Costas, que foi quem deu a cara nesta proposta.
Arriscou mudar do mundo da investigação para a restauração e neste momento sente-se feliz e totalmente integrada. É por excelência uma admirável “relações públicas” que não dispensa uma boa  conversa, a partilha de histórias e conhecer pessoas fora do seu circulo de amigos. De riso fácil e de uma simpatia difícil de encontrar faz-nos sentir em casa!
Como a conversa é como as cerejas, entre um copo de vinho do Dão e uma tábua mista que estava divinal
 Revelou-nos que a grande dificuldade foi a escolha do nome do restaurante. Deram muitas voltas à cabeça e um dos sócios “iluminado” soltou um “Tapas nas Costas”, que fez todo o sentido.A sua localização nas escadas do quebra-costas aliou-se ao facto de ser um restaurante de tapas et voilá o trocadilho teve o apoio de todos e nasceu o “Tapas nas Costas”. No inicio foi difícil, pois a Catarina tinha romantizado todo este processo e embarcado nesta “loucura” numa área desconhecida, tendo deixando integralmente a investigação.
A decoração é contemporânea, e querem saber uma curiosidade? Alguns dos móveis foram desenhados por um dos sócios, existindo sem dúvida muita criatividade no ar.
As cores são quentes, o que dá vontade de entrar a quem está do lado de fora. 
Fugiram de tudo que fosse branco para dar um ar acolhedor e de conforto. As peças usadas na decoração foram trazidas ou de casa ou de viagens que fizeram em conjunto ao Brasil, Cabo Verde, e Moçambique.
Sendo esta zona um eixo turístico de Coimbra, numa certa época do ano o público alvo são maioritariamente turistas e o objectivo foi o de quando entrassem no espaço conhecessem um bocadinho de nós, da nossa cultura, mas que se identificassem com certas peças do seu País.
Na decoração existe igualmente réplicas de azulejos de Coimbra, uma reprodução do azulejo da Capela de S. Miguel e um quadro das meninas de Velásquez.
Quente, confortável, acolhedor, informal, descontraído, criativo, e personalizado são as palavras chave do Tapas
Aguardávamos a qualquer momento a vinda do Chef Nuno Silva para brindarmos e trocarmos
um dedo de conversa e acerca das suas sugestões.
Descontraído e bem disposto revela-nos sorridente que gosta da forma como lida com a confusão na cozinha, de orientar e de sentir que tem tudo na mão.
 Ah grande homem!
Atraem-no vários sectores da gastronomia  mas são essencialmente os sabores da cozinha japonesa e a espanhola que conquistam o seu estômago e coração (risos). A espanhola é a sua preferida pois promove a partilha a mentalidade da harmonia dos pratos e quantidades proporcionais que encaixam numa linha. O Tapas sai do tradicional e é um motivo de partilha com todos à mesa.
O Chef Nuno Silva gosta especialmente de confeccionar o Magret de pato, receita criada especialmente com muito carinho para o seu pai. Os seus sabores fogem do usual, é o brincar com a cereja, vinho do Porto Branco Seco, cenoura e sunomano (pickles de pepino japonês).
Este maravilhoso restaurante só tem tapas, mas nem tudo são doses individuais e únicas. O tentar trazer o que acreditavam, o que gostavam, fez todo o sentido pelo objectivo de partilha à mesa. É aqui que delineamos projectos, falamos do presente, do passado e do futuro. O acto de comer e beber com amigos, familiares ou desconhecidos é algo fantástico e o Tapas é tudo isto.
A Catarina e os seus sócios trouxeram de Espanha muitas influências (sim), juntaram com algumas iguarias tipicamente nossas (sim), como é o caso do mil folhas de bacalhau à brás (delicioso) e o ovo de alheira de caça e grelos (maravilhoso), costeletinhas de borrego com mel, amendôa com uma redução de vinho do Porto e polvo à Tapas nas Costas. Foi um mix de ideias que foram experimentadas e adaptadas.
Degustámos uns pimentos padron para não fugir à tradição
Tartare de atum
Magret de pato com puré de cenoura e redução de vinho do Porto e cereja
De sobremesa um Demi quit de chocolate branco
 Queijo provolone derretido de chorar e comer por mais
Importante salientar que o staff é constituído por 13 elementos, estando todos em perfeita harmonia. Disponibilizam  50 lugares (aconselhamos marcação).
Abertos do meio dia à meia noite é um horário fantástico. Os preços variam dependendo da quantidade e do vinho que se pede rondando os 12 a 15 Euros por pessoa. Consideramos os preços adequados e encaixados sem exageros.
Este jantar prolongou-se noite fora com conversa e partilhas. Foi uma desconstrução maravilhosa e explosiva de sabores que aconselhamos aos residentes de Coimbra e aos visitantes. Comida bem confeccionada, muita simpatia,conforto e profissionalismo.
Ah… tivemos a sorte de ouvir os músicos nestas celebres escadas do Quebra Costas, com uma mistura de som do fado de Lisboa que cantavam no bar em frente. 
Deixámos para último um recanto, que certamente nem todos têm acesso e nós fomos uns privilegiados. A garrafeira muito generosa mas com um recanto que não estávamos à espera… tão tão”cozy“. Fica a recordação!
Obrigada a todos e não podemos deixar deixar de dar um agradecimento especial à Catarina pela forma tão carinhosa com que nos recebeu e acolheu. Excelente anfitriã 💗
Lindo, digam lá se não está um amor 😏
TAPAS NAS COSTAS
Rua do Quebra Costas 19
3000-349 Coimbra
T – 351 239 157425+

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